Sapucaia, cidade serrana do estado do Rio de Janeiro, fica
a 150km da capital, com pouco mais de 17.000 habitantes (Censo/2010), ganhou
fama nacional depois que a Rede Globo de Televisão mostrou com "certa
exclusividade" o Haras 88, no início deste ano. Segundo a reportagem da
equipe televisiva a propriedade seria do prefeito de Teresópolis Arlei de
Oliveira Rosa. Por conta de todo o rebuliço que foi causado nas ruas, a Câmara
Municipal de Teresópolis, resolveu, colocar em xeque os documentos que
comprovariam a veracidade da denúncia da citada rede de televisão.
Oito Comissões Processantes foram realizadas na Câmara
Municipal. Os placares de 6X6 teimavam em permanecer. O vereador Carlos Cesar
Gomes que estava na liderança do governo mudou o seu voto, antes da penúltima
sessão, ocorrida a pouco mais de dois meses, votando a favor da CP nas duas
últimas. Mesmo assim ainda faltariam “peças” fundamentais para o afastamento de
Arlei Rosa do comando da prefeitura.
Os vereadores Serginho
Pimentel e Luciano Ferreira, na sessão do dia 25 de junho, não se fizeram presentes, com a
"intenção" de irem até o cartório de Sapucaia, atrás de tais
documentos. Os mesmos afirmaram categoricamente não encontraram nenhuma
escritura do tal terreno. Faltar a sessões para nada achar?
Nesta semana o caso do “haras” parece que teve uma luz. Três
cidadãos, Cristiano Menendes, Alexandre Padrão e Cesar de Castro, foram até a
cidade de Sapucaia afim de descobrir se há ou não o tal documento de venda do
terreno. Os três encontraram uma escritura de um terreno em nome de Nicolau
José da Rosa Filho. Tão estranho como o sobrenome “Rosa”, que é o mesmo do
prefeito da cidade, é o fato do mesmo ter domicílio no KM 35 da estrada
Teresópolis – Friburgo (Vieira), mesmo local onde, no início do ano passado
houve uma festa do cavalo. O “haras” também é conhecido como potente negociador
de cavalos. Vale observar o sobrenome do "comprador", é o mesmo do prefeito.
Hoje vive-se uma grande expectativa do prefeito Arlei Rosa
sair da prefeitura. Não sabemos se sairá pela porta da frente ou pelas entradas
laterais. O que podemos concluir com toda essa documentação que chegou no
Facebook, no dia de hoje, é que a hora está chegando.
A política se mostra como um tabuleiro de xadrez
ou mesmo como um jogo de pôquer. O blefe é válido. O erro não. Aprendendo desde
sempre que a política é um jogo que o erro não é perdoado. Se a Justiça não
faz, o povo faz. Parabéns aos três homens que honrando o seu direito de
expressão, de liberdade colocaram os assessores da prefeitura em uma sinuca de
bico
Nicolau José da Rosa Filho é o dono do imóvel (Imagens: Facebook) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário