Por *João Luiz Lincoln
É SÓ O INÍCIO!
A CPI ainda não saiu. Como já era de se esperar. Isso não surpreendeu muitas pessoas. Mas hoje algumas coisas começaram a acontecer, e foram tantas que devemos enumerar:
1. Na última terça-feira nenhum vereador apareceu para nós, não sabíamos ao certo o que estava passando pela cabeça deles. Diante disso, quando a sessão foi cancelada (ou encerrada) de forma abrupta – com a fuga de vários vereadores em camburões da FNS – o povo passou a pedir a renúncia coletiva dos vereadores e do prefeito. Hoje foi diferente. Desde o final da noite de terça-feira, principalmente no Facebook, acaloradas discussões pediram uma postura firme e clara dos vereadores – principalmente do vereador Cláudio Mello – que todos sabem tratar-se de uma pessoa coerente e transparente. Pois o Cláudio apresentou-se na sessão de hoje firme e claro na necessidade de dar uma resposta para a população, e foi acompanhado pelo vereador Wagner (ou Waguinho). Pouco antes das 19:00 h, esse foi um grande alento para as pessoas. Nesta terceira manifestação, passamos a contar com o claro apoio de dois vereadores.
2. Os vereadores Carlão e Habib apresentaram-se de forma debochada, divertiram-se com o drama das vítimas e desvalorizaram a presença nas ruas. Os vereadores Paulinho Carvalho, Clayton Valentim, Mandinho e Marcelo Oliveira traíram seus eleitores presentes: várias pessoas que declararam terem votado neles e terem falado com eles ontem, esperavam deles uma postura decente. Os outros vereadores, a saber: Arley, Major Anderson, Ademir Enfermeiro e Anjinho; foram omissos.
3. Na terça-feira os ânimos das pessoas estavam muito exaltados, e vale salientar que não poderíamos esperar algo diferente, pois um bom número de exaltados eram as vítimas da tragédia, pessoas sem voz, pessoas abandonadas e esquecidas pelo Poder Público. Isso fez com que o aparato policial de hoje fosse muito grande: policiais militares de Teresópolis, um pelotão da FNS, uma companhia do Batalhão de Choque e um pelotão de pastores alemães, da Companhia de Cães de Olaria. Felizmente nada aconteceu.
4. Atendendo vários pedidos, os organizadores da manifestação instalaram uma caixa de som. Mas de forma inédita, não foram os políticos ou empresários que falaram, foram as vítimas! Várias pessoas revezaram-se no microfone e desabafaram seus dramas, e muitos se emocionaram com alguns depoimentos que ouvimos.
5. Ao final da sessão, Cláudio Mello e Waguinho saíram pela porta da frente, aplaudidos pelas pessoas. Os demais vereadores ficaram acuados no prédio, com MEDO DAS PESSOAS. A polícia cercou o prédio para proteger a saída deles. Mas o medo foi tamanho que eles demoraram muito e, como não saíram, a polícia retirou-se do local. Sob vaias, protestos e xingamentos, o Dr. Carlão saiu cinicamente do prédio, sorrindo para as pessoas que aguardavam o desfecho da noite. O Dr. Habib, o Major Anderson e o Arley foram vistos apressados, pelos fundos da Prefeitura. Os outros saíram, mais uma vez, de modo furtivo.
Agora o movimento tem uma cara, e é a cara do povo. Agora nós sabemos com quem podemos contar. Agora nós sabemos que a polícia não estava lá para nos agredir. Ao final do dia de hoje, fica definido o seguinte:
a) A Câmara, na maioria, está apoiando o prefeito. Não dá para confiar no resultado final da CPI. Não dá para confiar nem se a CPI será realmente aberta.
b) Temos de manter o movimento, toda terça e quinta-feira.
c) Temos de exigir a renúncia do prefeito.
d) Temos de exigir a renúncia do vereador Arley, senão ele sucederá o prefeito.
e) Vamos nos preparar para a grande passeata de abril.
Nós começamos isso. O povo começou isso. É só o início. A título de informação, as localidades do interior – ao longo da Rio-Bahia e ao longo da Teresópolis-Friburgo – estão com várias pontes desabadas, algumas foram reconstruídas pelos próprios moradores – de forma precária – e em outros pontos, as pessoas estão transportando hortaliças nas costas, caminhando por horas a fio. Caleme, Campo Grande, Posse, Jardim Salaco e outros bairros, ainda estão abandonados e sob risco de novo isolamento. Este cenário apresenta-se assim pela omissão da Prefeitura e pela inoperância da Câmara. É por isso que temos de fazer alguma coisa. Chega de explorar as pessoas! Chega de destruir nossa cidade! Chega de agredir o meio ambiente! Chega da velha política do “beija mão” e do “sim senhor”! Chega da política do “saco de cimento”! Nós vamos fazer um novo tempo, será duro mas nós vamos superar, e daqui a alguns anos talvez nem lembrem de nós, mas esta é nossa hora. Muito obrigado a cada um que comparece e acredita, muito obrigado pela alegria da ESPERANÇA!
A CPI ainda não saiu. Como já era de se esperar. Isso não surpreendeu muitas pessoas. Mas hoje algumas coisas começaram a acontecer, e foram tantas que devemos enumerar:
1. Na última terça-feira nenhum vereador apareceu para nós, não sabíamos ao certo o que estava passando pela cabeça deles. Diante disso, quando a sessão foi cancelada (ou encerrada) de forma abrupta – com a fuga de vários vereadores em camburões da FNS – o povo passou a pedir a renúncia coletiva dos vereadores e do prefeito. Hoje foi diferente. Desde o final da noite de terça-feira, principalmente no Facebook, acaloradas discussões pediram uma postura firme e clara dos vereadores – principalmente do vereador Cláudio Mello – que todos sabem tratar-se de uma pessoa coerente e transparente. Pois o Cláudio apresentou-se na sessão de hoje firme e claro na necessidade de dar uma resposta para a população, e foi acompanhado pelo vereador Wagner (ou Waguinho). Pouco antes das 19:00 h, esse foi um grande alento para as pessoas. Nesta terceira manifestação, passamos a contar com o claro apoio de dois vereadores.
2. Os vereadores Carlão e Habib apresentaram-se de forma debochada, divertiram-se com o drama das vítimas e desvalorizaram a presença nas ruas. Os vereadores Paulinho Carvalho, Clayton Valentim, Mandinho e Marcelo Oliveira traíram seus eleitores presentes: várias pessoas que declararam terem votado neles e terem falado com eles ontem, esperavam deles uma postura decente. Os outros vereadores, a saber: Arley, Major Anderson, Ademir Enfermeiro e Anjinho; foram omissos.
3. Na terça-feira os ânimos das pessoas estavam muito exaltados, e vale salientar que não poderíamos esperar algo diferente, pois um bom número de exaltados eram as vítimas da tragédia, pessoas sem voz, pessoas abandonadas e esquecidas pelo Poder Público. Isso fez com que o aparato policial de hoje fosse muito grande: policiais militares de Teresópolis, um pelotão da FNS, uma companhia do Batalhão de Choque e um pelotão de pastores alemães, da Companhia de Cães de Olaria. Felizmente nada aconteceu.
4. Atendendo vários pedidos, os organizadores da manifestação instalaram uma caixa de som. Mas de forma inédita, não foram os políticos ou empresários que falaram, foram as vítimas! Várias pessoas revezaram-se no microfone e desabafaram seus dramas, e muitos se emocionaram com alguns depoimentos que ouvimos.
5. Ao final da sessão, Cláudio Mello e Waguinho saíram pela porta da frente, aplaudidos pelas pessoas. Os demais vereadores ficaram acuados no prédio, com MEDO DAS PESSOAS. A polícia cercou o prédio para proteger a saída deles. Mas o medo foi tamanho que eles demoraram muito e, como não saíram, a polícia retirou-se do local. Sob vaias, protestos e xingamentos, o Dr. Carlão saiu cinicamente do prédio, sorrindo para as pessoas que aguardavam o desfecho da noite. O Dr. Habib, o Major Anderson e o Arley foram vistos apressados, pelos fundos da Prefeitura. Os outros saíram, mais uma vez, de modo furtivo.
Agora o movimento tem uma cara, e é a cara do povo. Agora nós sabemos com quem podemos contar. Agora nós sabemos que a polícia não estava lá para nos agredir. Ao final do dia de hoje, fica definido o seguinte:
a) A Câmara, na maioria, está apoiando o prefeito. Não dá para confiar no resultado final da CPI. Não dá para confiar nem se a CPI será realmente aberta.
b) Temos de manter o movimento, toda terça e quinta-feira.
c) Temos de exigir a renúncia do prefeito.
d) Temos de exigir a renúncia do vereador Arley, senão ele sucederá o prefeito.
e) Vamos nos preparar para a grande passeata de abril.
Nós começamos isso. O povo começou isso. É só o início. A título de informação, as localidades do interior – ao longo da Rio-Bahia e ao longo da Teresópolis-Friburgo – estão com várias pontes desabadas, algumas foram reconstruídas pelos próprios moradores – de forma precária – e em outros pontos, as pessoas estão transportando hortaliças nas costas, caminhando por horas a fio. Caleme, Campo Grande, Posse, Jardim Salaco e outros bairros, ainda estão abandonados e sob risco de novo isolamento. Este cenário apresenta-se assim pela omissão da Prefeitura e pela inoperância da Câmara. É por isso que temos de fazer alguma coisa. Chega de explorar as pessoas! Chega de destruir nossa cidade! Chega de agredir o meio ambiente! Chega da velha política do “beija mão” e do “sim senhor”! Chega da política do “saco de cimento”! Nós vamos fazer um novo tempo, será duro mas nós vamos superar, e daqui a alguns anos talvez nem lembrem de nós, mas esta é nossa hora. Muito obrigado a cada um que comparece e acredita, muito obrigado pela alegria da ESPERANÇA!
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