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16 de out. de 2025

NOVA EDIÇAÕ DO BOLETIM INFOGRIPE E COVID

A nova edição do Boletim InfoGripe, divulgada pela Fiocruz nesta quinta-feira (16/10), indica a continuidade do crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A em Goiás e São Paulo. Em relação à Covid-19, as notificações de casos graves seguem aumentando nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e em São Paulo e na Bahia, ainda sem grandes impactos nas hospitalizações. Com relação as faixas etárias mais afetadas, apenas no Espírito Santo as ocorrências de SRAG por Covid-19, especificamente em idosos, seguem estáveis, ainda que em um patamar alto para a região.

A análise é referente à Semana Epidemiológica 41, que abrange o período de 5 a 11 de outubro. O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento de casos de SRAG. A iniciativa oferece suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações, preparações e respostas a eventos em saúde pública.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portela alerta que, diante do cenário de maior circulação da Covid-19 e da influenza A em alguns estados do país, é fundamental que especialmente as pessoas dos grupos de risco estejam com a vacinação em dia. Portella ressalta ainda que a vacina contra esses vírus é a principal forma para evitar as formas mais graves e os óbitos por essas doenças.

Campanha nacional de imunização

Com o mote Vacina é vida, o Fiocruz pra Você ocorrerá no próximo sábado (18/10), data escolhida pelo Ministério da Saúde como o Dia D de mobilização nacional pela vacinação. Em 2025, o evento integra as comemorações dos 125 anos da Fundação e apresentará atividades de Norte a Sul do país, nas cidades de Manaus, Porto Velho, Brasília, Eusébio (CE), Teresina, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Ribeirão Preto (SP) e Curitiba, que sediam unidades e escritórios regionais da Fiocruz. 

“Trata-se de uma ótima oportunidade para crianças a partir de 6 meses e adultos que ainda não se imunizaram tomarem a vacina contra a Covid-19 e se protegerem”, destaca Portela. “Crianças de dois meses até quatro anos também poderão tomar vacinas para poliomielite, paralisia infantil, tétano, coqueluche, difteria, hepatite B e meningite". 

A pesquisadora ainda ressalta que a incidência de SRAG por Covid-19 é maior nas crianças pequenas de até dois anos. Já mortalidade é maior entre os idosos. Como objetivo de diminuir os riscos de contaminação por vírus respiratórios, Portela recomenda o uso de máscaras em postos de saúde e o isolamento em casa caso haja aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado. Se não for possível fazer esse isolamento, a orientação é sair de casa usando uma boa máscara, como a PFF2 ou a N95.

Dados epidemiológicos

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos para SRAG foi de 39,8% para rinovírus; 20,1% para influenza A; 16,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19); 9,1% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 2% para influenza B. Entre os óbitos, 51,5% foram em decorrência de Sars-CoV-2; 21,4% de rinovírus; 15,5% de influenza A; 6,8% de VSR; e 2,9% de influenza B.

Dentre os casos positivos para SRAG em 2025, observou-se 41,6% para VSR; 27,7% para rinovírus; 23,3% para influenza A; 8% de Sars-CoV-2 (Covid-19); e 1,2% para influenza B. Com relação aos óbitos, já foram registrados 11.552 óbitos de SRAG em 2025, sendo 5.963 (51,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 4.530 (39,2%) negativos, e ao menos 181 (1,6%) aguardando resultado laboratorial. Observou-se 50,3% dos óbitos por SRAG foram causados por influenza A; 23% por Sars-CoV-2 (Covid-19); 14% por rinovírus; 11,8% por VSR; e 1,8% por influenza B.

Estados e capitais

Gráficos do Boletim InfoGripe.

 

O Boletim mostra que sete das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 41: Amazonas, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. Em Tocantins, ainda não há dados laboratoriais suficientes para determinar o vírus que tem impulsionado o crescimento de SRAG no estado.

Oito das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a SE 41: Belém (Pará), Boa Vista (Roraima), Campo Grande (Mato Grosso do SUL), Cuiabá (Mato Grosso), Goiânia (Goiás), Palmas (Tocantins), São Paulo (São Paulo) e Vitória (Espírito Santo).

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